ARREPIOS...
Aqueles arrepios tão intensos,
ah, são aqueles que sobem extensos...
São como vozes, avolumadas...
ou como as mãos que se querem assanhadas...
Treme a carne, arrepia a pele já fria,
ah, o corpo já se quer por orgia,
como sensações, advindo da poesia.
Aqueles arrepios que os nervos se elevam,
e se manifestam de maneira mais doce,
ah, um arrepio dos corpos que se entregam
numa junção carnal, como se o mesmo corpo fosse...
Aqueles arrepios que sobem pela espinha,
e te querer afoita em meus braços, é sede minha...
Aqueles arrepios, que já nascem com um lema,
a de se entregar, feito reticências, nesse poema...
Rio de Janeiro, 12 de Junho de 2010.