DESTRUIÇÃO.

Atordoam os pensamentos, amaldiçoados pelas cicatrizes,

cicatrizes que se espalham pela carne, num corte silencioso...

um corte onde não se vê, mas se sente, como os infelizes,

que têm medo de um momento tenebroso ...

Atordoam a alma, o espirito e a mente...

O passado que não se abnega e se sente,

a cada dia mais, roubando a paciência de tudo.

Roubando a voz, a alegria e deixando um mundo mudo...

Assim são as vozes intrínsecas, desprovidas de beleza,

assim é a inspiração à contra-mão da natureza...

Atordoam, mas que os próprios pensamentos,

atordoam e reiteram tristes momentos...

Assim é como vivo e como sou, pela vida,

Sou um ponto sem nó, um sol cego e sem calor,

assim sou eu, a relembrar que não tive despedida...

assim sou eu, relembrando a destruição do amor...

Rio de Jneiro, 21 de Junho de 2010.