DENGO BREJEIRO
Sinto-me dengosa
Sinto-me valente
Sou o próprio amor
O próprio sentir
E por isso te amo
E te sinto
E tu ficas
E continuas
E continuas!
És presença
És paz
És disponibilidade!
Gostei e ficaste
E aqui estou em palavras
Saídas profundamente
Porque és o ponto X!
Vai e retorna
O caminho é espinhento.
De tudo há um pouco
Ou de tudo existe muito!
Separas o mal do bem
E te afundas no melhor
No melhor que poderás ter!
Sou o próprio fogo
O próprio sentir
A própria vontade
A própria vida!
E te amo
E te quero
E te desejo
E aqui estou.
Vem, pois,
Que me arrebates
Que me enlouqueças
Que me enalteças
Que me eleves!
És o instrumento
És o extintor!
E novamente retorna:
O sentimento
A vontade
Porque sou vida.
A vida se renova
Porque és renovação
És gente
És o meu sexo oposto
E te amo
E te idealizo
E te guardo
E te solto
E te tenho
Bastando só
Mergulhar, intensamente,
No profundo do meu eu!
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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 46.
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