A Cópia da cobra...

Dia desses, nem sei como e porque

Numa rua paralela do acaso a encontrei

Ela me olhava fixamente

Com as palpebras transparentes, e sempre fechadas.

Estava escuro, e como um receptor infravermelho

Ela fitava-me passo a passo...

Detectava meus movimentos, como se pudesse captar a vibração

Dos meus passos...

Ela se aproximou e sem dizer nada me beijou a boca

Aquela lingua bifurcada, captava cada particula do meu medo

Da minha insegurança

Destilou seu veneno...me prometeu um mundo

E se foi com seus passos em zig zag

Sem ao menos olhar para traz...

Me envenenou de certa forma

Que estou anestesiado de amor

Sufocado pela dor

Tirando cópias de histórias

Das cobras, que passaram pelo mundo

e Deixaram apenas

Desejos manchando lençóis

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 30/12/2010
Código do texto: T2699368
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