MEU CORAÇÃO
Na noite escura, um grito corta o espaço,
Que me maltrata desde os tempos idos
E o fantasma da noite, assombração
Ou o triste fantasma do fracasso?
Não... É apenas meu pobre coração
Que há muito chora, chora de saudade.
Nas noites de luar argêntea e triste
Ele grita, mas, grita tanto, tanto
Que, quem escuta, em mágoas, não resiste
E abre a comporta de um amargo pranto.
A saudade é tristonha e dolorida,
Reminiscências de vários amores
Que vão ficando nos rumos da vida
Entre perfumes, cânticos e flores.
Não quero mais essa saudade insana
Que me maltrata desde os tempos idos
Mais prefiro a inocência soberana.
Que só nos dá carinhos desmedidos!
Salé, 29/12/10, às 04h 12min