LINHAS PARALELAS
Poeta continue idolatrando
Enquanto em tuas veias tiveres fervor.
E sentirás a cada rima te remoçando
Redimindo este sentimento de torpor.
Sinta no calor de tuas mãos,
E no entrelaçar dos dedos, essa energia,
Elucidando, mas por ingratidão,
A dona da idolatria, não cultua estes grãos.
Somos operários silenciosos,
Incansáveis com a poesia,
E essa essência nascida na alma
A cada vez mais te inundará,
A cada momento que te sentires sozinho.
Veja com os olhos d’uma doce calma,
A ternura de compor no vazio,
Pois só os poetas têm essa capacidade,
De exaltar o amor e amar de verdade...
Rio de Janeiro, 21 de Setembro de 2002.