A TINTA DA VIDA



Não sabe se lhe falta tinta ou vida?
Ou ambas as coisas!
Com a pena, espada dos sentidos
Horas a fio
Do sangue faz tinta
A tinta da vida!


E as suas feridas abertas deitam vazias.
A sua dor? Já não a sente!...
Dela apenas guarda a lembrança.


E se à vida sobram asas,
que lhes agarrem também as palavras
e se deixem voar com elas
sem que o destino importe.

Que batam todas as asas
e que voem todas as palavras,
que transbordem em caudais de sensações
e que em cada boca se deposite um beijo...
ou, pelo menos, o desejo...
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 29/12/2010
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