Não quero
Não quero
O peso dos braços
Descarregando palavras
Soltas de lirismo
Concorrendo entrelinhas
Sem a suavidade que seja da ilusão.
Não quero
Roseira sem flor
Engolindo velhos espinhos.
Nem saudade desdobrando papel
Nos fundos dessa gaveta
Sem o doce néctar do mel.
Não quero
Velha alma queimando
A beleza inocente da flor
Que travessa e inconseqüente
Só saber dar pra gente
O mais belo retrato do amor.