Não quero

Não quero

O peso dos braços

Descarregando palavras

Soltas de lirismo

Concorrendo entrelinhas

Sem a suavidade que seja da ilusão.

Não quero

Roseira sem flor

Engolindo velhos espinhos.

Nem saudade desdobrando papel

Nos fundos dessa gaveta

Sem o doce néctar do mel.

Não quero

Velha alma queimando

A beleza inocente da flor

Que travessa e inconseqüente

Só saber dar pra gente

O mais belo retrato do amor.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 29/12/2010
Código do texto: T2697540
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