Quando o silêncio nos fala
Há um sabor amargo no silencio
quando o que desejamos é som da presença
o toque sonoro de aproximação
Há um aperto, quase dolorido
como se houvesse desavença
onde havia apenas afeição
Há uma sombra que turva o olhar
apagando o brilho e a vontade
reduzindo o pulsar da energia
E há, por fim, a quietude do esperar
latejando cruelmente a saudade
retirando, sem piedade, a alegria
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas