Meu Amigo íntimo
Dedilho teu semblante adormecido
Deixo-me navegar numa enxurrada de emoções
Palavras brotam aos borbotões
Transformo-as em poesias de vários instantes
Logo nos diremos adeus
Desperto-te para mais uma vez
No nosso mudo olhar o brilho cúmplice
No eloqüente beijo um último suspiro
Ainda tontos de recente prazer
Quedamos, abraçados e indolentes
Num último relaxar
De mãos entrelaçadas
Toques ainda quentes
Selam a cumplicidade da entrega
Do nada em troca...
Retenho num breve e último instante
O teu corpo, efêmero templo de meu prazer