Ciume

Passarinho é só meu...

Quando se transforma em pavão, é presa no ar

Fora ou dentro do alçapão

Colorido por inteiro

Dá bote ligeiro

Deslumbrante, com aquele jeito de enganar

A presa torna-se única; vangloria este momento:

É a mais linda das aves!

Esqueceste de quem precisava, das tuas migalhas...

Era só abrir o bico e alimentar

Ora flores, ora pedras.

Passarinho, tão sensível

Parecia minha alma acalentar...

Quando sem pudor, o levava além-mar.

Devaneios...

Nunca me convidou para voar.

Transforma-te em pavão, se te agrada.

Não posso mais me enfeitar, em cores variadas

Há aves tão belas, tão desprovidas de dor...

São aves próprias para o amor

Cantam a beleza da natureza, porque te tocam.

Consigo apenas, chorar...

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 22/06/2005
Código do texto: T26964
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