Dia a Dia do Poeta
Lenamais
Quando danço com minha alma
numa sintonia suave e calma
sinto remexer dentro do meu ser
os sentimentos em ebulição
crio asas e me solto num vôo livre
flutuo entre borbulhas de sabão
sem destino, sem chão
flutuando no tempo sem tempo
os ponteiros do relógio se perderam
o poeta faz o tempo dentro da poesia
gerada no ar, no vento, nas águas
brota do perfume de uma flor
ou mesmo de uma lágrima
que por ironia rola sorrindo
até mesmo quando esbarra
num dos desatinos da vida
com a alma machucada e vazia
refaz-se nos versos mesmo em agonia
até encontrar a fugitiva magia
dos sonhos brotarem alegria
deixando registradas suas marcas
numa simples e doce poesia
Rio de Janeiro/RJ
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