SABOR DE CERRADO
SABOR DE CERRADO
Você é um doce encanto
Sabores de nosso cerrado
Perdido entre matas tortas
Galhos retorcidos
Emas e seriemas
Cá está você
Doce como fruta colhida no pé
Cheira o sabor do doce de tacho
Ombros perfeitos em posição
Boca que murmura amores e delicias
Seios seguros em suas fontes
Abdômen sem nenhum defeito
Pernas torneadas por artesãos
Hábeis na arte dessas empreitadas
Menina com sabor especial
Delicado encanto de mulher
Sabias vestes pelo corpo
Mostrando nada e tudo
Dando a entender
O que muitos querem
Ver desnudado
Pois desnudar pra que
Se teu encanto está
Na doce experiência de se imaginar
O que tem embaixo das alcinhas
Que cobrem esses ombros
Simétricos, lisos e perfumados
O que tem nos mamilos
Destes teus seios rosados
Senão a sabedoria
Do Criador em esculpir eles lá
O que tem abaixo da blusa
Senão o colo macio
E o desejo de se escorrer
Por entre os seios
E deslizar por ti
Feito quem desce por uma cachoeira
De águas límpidas e calmas
E desembocar
Nos mais escondidos recantos
Da sua porção mulher
De delicada mata
De suave textura
De amor com candura
De desejos de fato
Ahhh por que
Por que será
Que insistimos em querer ver
O que já sabemos que lá está
Será pragmatismo
Ou mero devaneio
De um Thomé que só vendo crê
E crendo deixa a fantasia se afastar....