Ciência Exata   ou   Devorador de Mim
 
Tu já me quiseste antes,
Já me perseguiste pelos becos escuros da minha mente,
Tu me fizeste perder amigos, sacros instantes,
Tu me fizeste estar ausente.
 
Tu já destruíste minha casa efêmera
E corrompeste a pureza da minha consciência.
Mas se não há para ti ciência exata,
Tu me devoras, me matas,
Tu, minha alma gêmea.
 
Mas eu que a ti superei,
Busquei ventos soprando leves,
Tornei-me rei de mim.
Mas tu, que nada queres
Senão o meu fim
Me procuras pelos becos escuros da minha alma
E me destróis a calma.
Se não alma, meu corpo,
Vais tomando aos poucos.
 
Demônio que me deseja,
Me busca destruir enfim.
E sinto aos poucos teu poder
Tomando conta de meu corpo,
Tomando conta de mim.
 
271210
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 28/12/2010
Código do texto: T2695161
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