CONTENDAS

Intransigências e atitudes vis, nefandas

de prepotências, violento desviver,

féis que envenenam ser humano nas demandas

tolas, vazias, mutilando o conviver.

Oh, quão insano é machucar-se em vãs contendas,

cada oponente com verdade a desfilar

e massacrando outra verdade em reprimendas,

jogo infeliz, brutal vaidade a esvoaçar.

E a benquerença escorre ao chão se descompondo...

E as diferenças em combate, em torpe embondo...

E a luz começa, pouco a pouco, a se extinguir...

Fino punhal da intolerância crava fundo

na jugular da incoerência, sangue imundo.

Ai, que vergonha! Quando vamos progredir?

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 27/12/2010
Reeditado em 28/12/2010
Código do texto: T2695056
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