PERFIL/ LAERTE FONTANA, UM POETA QUE SURGE.
Gente amiga,
É sempre uma incontida emoção "descobrir" aqui no Recanto das Letras um talento da minha geração. Tenho reverenciado a todos. Desta vez há uma alegria mais íntima, por tratar-se de um amigo com quem convivo desde a infância, e que, irresistível ao meu insistente apelo, revela o enorme poeta que nele ocultava-se. Com a mesma atenção que me é dedicada peço-lhes: confiram:
PERFIL*
A rua é fria. A noite é calma.
E esta vastidão dentro em minha alma
É o universo do que sou (ou penso),
Neste arremesso que já não conheço
E me visto no avesso se não aconteço.
Eu vivo o vago instante. E se eu padeço,
Vivo, mesmo quando esqueço
Do que sou ou fui quando amanheço.
Talvez não seja tanto quanto peço
Ou seja eu mesmo aquilo que desejo
Sou o mínimo de mim, que a mim confesso.
E a vida é vasta, inversamente ao ensejo
Do universo.
* Publicado na página do autor em 24/12/2010
Códico de Texto: T2689542
Gente amiga,
É sempre uma incontida emoção "descobrir" aqui no Recanto das Letras um talento da minha geração. Tenho reverenciado a todos. Desta vez há uma alegria mais íntima, por tratar-se de um amigo com quem convivo desde a infância, e que, irresistível ao meu insistente apelo, revela o enorme poeta que nele ocultava-se. Com a mesma atenção que me é dedicada peço-lhes: confiram:
PERFIL*
A rua é fria. A noite é calma.
E esta vastidão dentro em minha alma
É o universo do que sou (ou penso),
Neste arremesso que já não conheço
E me visto no avesso se não aconteço.
Eu vivo o vago instante. E se eu padeço,
Vivo, mesmo quando esqueço
Do que sou ou fui quando amanheço.
Talvez não seja tanto quanto peço
Ou seja eu mesmo aquilo que desejo
Sou o mínimo de mim, que a mim confesso.
E a vida é vasta, inversamente ao ensejo
Do universo.
* Publicado na página do autor em 24/12/2010
Códico de Texto: T2689542