CAMINHOS OPOSTOS

Senhor, é constante e gritante a violência

Guerra fria, declarada, iminente.

Também é constante a paz refletida

Nos olhares mansos, conscientes e bons.

São tantas as coisas soltas e fluídicas

Que nos transportam aos altos pontos sublimes

Que nos elevam ao máximo do teu amor

Que nos fazem à tua semelhança

Que nos fazem ricos, infinitamente, ricos

Que nos fazem homens, espíritos, almas

Que nos fazem aptos para a vida eterna.

Ó Senhor, eis que tenho a minha mente

E posso revesti-la de tua força

O que posso querer mais se tenho tudo?

Sei, Senhor, estendes a todos este meu sentir

Mas como entras se nem podes, às vezes?

São portas fechadas e janelas, também,

Frestas, enfim, totalmente vedadas

E não entras onde não querem que tu entres

Eis o porquê de tanta violência

De tantos sádicos que nos tiram a vida

Mas não nos podem tirar a tua essência, Senhor!!!

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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 42.

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