SORRISO RASO


Chorei lágrimas salgadas como o mar morto
Secas como o pior deserto, cortando meu rosto

A sensação de solidão vai ficando mais profunda
Que penetra muito adentro em dores fecundas

A cada letra do verso que me trairia
Se gritasse ninguém me ouviria

E rastejasse como o fino salto
E gastasse como a sola do sapato

Em silêncio... ensurdeceria!
Em poucos minutos não mais a sentiria

E esse meu sofrer, que dolorosamente, ora extravaso
e no amor pudesse agora ser amada...e no acaso

Sorrir ...não mais um riso raso.
sorriria amor, todos os seus atrasos.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 26/12/2010
Reeditado em 30/01/2011
Código do texto: T2692568
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