na estrada ameaça temporal
trovões rugem e
o sol  alto contradiz,
fingindo que o céu
está feliz

natureza conturbada
feridos na estrada
(infelizes feriados bêbados)

e o ano nem terminou
a morte continuou
nada muda só ilude
as pessoas precisam disso
ilusão, imaginação ,sonho,
para prosseguir,

fogem da realidade
quanta ingenuidade

o calendário lendário
e corações solitarios cheios de multidão...
festas , arestas , tudo irrealização

utopias , fogos estouram
e confundem sons,
e aqui na estrada 
tempestade  a vista
folheio uma revista
desejando chegar em casa


com sorte chegarei..
.antes que um raio parta
em minha direção
antes que passe uma moto
com rastros de sangue,
antes que carros infartados
bloqueiem a pista
antes que meu coração tambem desista
antes que as nuvens dissolvam-se e arrasem
antes que o céu zangado arda
antes ,antes ,antes,

antes que o ano encerre
seu ciclo de doze meses
antes que o ceu acenda em fogos maravilhosos
antes que dia primeiro tenha centenas de mortos
antes que a realidade aconteça...

antes da noite e do dia
eu encerre essa poesia
antes que
o inferno que é o coração humano
desabroche no proximo minuto
e a magia imaginaria do mundo acabe

achando que será tudo diferente...
na estrada a vida morta
sonhos pendentes
e pessoas ANTES de tudo
acham que são inteligentes...

na estrada tempestade chega
DEUS  nos proteja


olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 26/12/2010
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T2692442
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