O acaso de amar
Na face iluminada do amor,
Refleti meus espelhos inconcretos.
Do real e do abstrato ardor,
De alguém que só tenho por perto.
E de busca incessante morri ao sonhar,
Vislumbrando um infinito sem algum horizonte.
Nada do que eu tenha feito pode rimar
Com as palavras que de puras divagaram pra longe.
Cansada de tato pensei em ficar,
Buscando em algo a imperfeição de um instante.
Tão lindo e difícil é o acaso de amar,
E a busca é tenra, infinita e inconstante.
Hoje sou mais uma espera do olhar,
Da procura de alguém, serei resposta ofegante.
Quando fui busca, não me apresentaram o mar,
Quem sabe então, se for o acaso constante?!