Dia e noite.
Dia vem.
Noite vai.
É quase sempre assim.
Gente que entra.
Gente que sai.
Sem esperar por mim.
Eu já nem sei.
Se vou ou se fico.
Junto com a multidão.
Ou se pergunto ou se explico.
Toda essa confusão.
Estou perdido, nos meus passos.
Não sei pra onde vou.
Nem o que penso, ou que faço.
Diga-me onde estou.
Sou prisioneiro, não prisão.
Que eu mesmo construí.
Sozinho nesta multidão.
Que vim fazer aqui?
E gente, entra.
E gente, sai.
É quase sempre assim.
Dia vem.
Noite vai.
Sem esperar por mim.