ALIANÇAS & JORNAIS

ELA. VOCE MINHA CASA, LAMINA DE FACA

DENTES DE SERROTE, TOMADAS ELETRICAS

FIAÇÕES PRECARIAS. TELHADO SOLTO E SEM CÉU.

ELE. VOCE MINHA ALMA, PAREDES RACHADAS

PIA ENTUPIDA, VÁLVULA QUEBRADA, CHEIRO DE MOFO

DE SENTIMENTO MORTO. NECESSIDADE DE ADEUS.

MAS NOS OUVIDOS DOS DOIS

AS PALAVRAS DO PADRE, ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE!!!

NA CAMA, ALIANÇAS E JORNAIS

OLHOS GRANDES A MARGEM DO RIO E DO AMOR

DUAS GAIVOTAS, CORPOS EM ALMAS. DOIS EM UM

MAS A NOITE AS ALMAS VOAM.

FILOSOFICAS. PESADAS. INCOMUNICAVEIS

SEPARADAS E JUNTAS. COMO VIETNÃS CALADOS

ELE. ELA. CONGELADOS. PARA SEMPRE

VULTOS, PERMANECERÃO.

UMA SONATA,

MAS A NOITE AS ALMAS VOAM, SEPARADAS.

A PEDRA PÁLIDA , POR MAIS UMA VEZ

TINGIR-SE Á NO VERMELHO MÁSCULO A FINGIR

O REGIMENTO DAS NUPCIAS CELESTES , IGNORADO

NÃO TE IMPORÁ O SACRIFICIO

É O DESEJO QUE PEDE.

ORDENA. VÁ!

ALIANÇAS E JORNAIS. SE QUISERMOS VOLTAR

SABEMOS COMO IMPEDIR

BASTA O GELO DE NOSSOS OLHOS

NOS JORNAIS DE ONTEM OU AMANHÃ. NUNCA OS DE HOJE.

ENQUANTO OS LERMOS, AINDA QUE DE CABEÇA PARA BAIXO

O SILENCIO SE CONSERVARÁ LÚMEM

PARA QUE ASSIM POSSAMOS , ADIANTE

TORNAR AINDA MAIS A LEITURA DO POEMA, DESNCESSARIA

AS PALAVRAS, ANTES DOCES , AGORA RIDICULAS

E O ESPERMA CUSPIDO EM VÃO E A FORÇA.

UMA NOTICIA MORTA.

MAURICIO DE AZEVEDO

DO LIVRO - PUS MODERNO