PRISIONEIRO

Prisioneiro ficaste

em teu próprio casulo.

Os fios de seda

que um a um fiaste

parecem-te de ferro

como as grades de uma jaula.

Tu és a fera

que julga sempre fraca

a sua força.

Quando será o dia

em que para além do sonho

e da latência amorfa e inibida

reviverás liberto

em borboleta alada e leve

sem rumo certo mas amando a vida

espreguiçando-te

ao sorvê-la gota a gota?

Leiria, Portugal

Orlando Caetano
Enviado por Orlando Caetano em 20/10/2006
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