POMBA

Esta pomba malferida

que pousou na minha janela

me olhava esquecida

e eu me esquecia dela,

era ela a despedida.

Era ela a dor do adeus,

de ver ir embora o amor,

para longe dos braços meus,

para longe do meu vigor.

Não queria vê-la ir,

ir embora eu não queria,

de saudade sucumbir,

de amor eu sucumbia.

Malferida pomba quebrada,

asas largadas na calçada

lembra do que me agrada,

isso é sim da sua alçada.

Mas, para longe te vi partir,

te vi indo rumo ao norte,

naquele ônibus de abadir,

refrigerado de pura sorte.

Fui até o seu ponto de partida,

te levei nos meus braços

mas depois da despedida,

meu coração ficou em pedaços.

Vais para a tua casa,

rever os teus familiares,

vais sem nenhuma asa

vôa livre para os seus ares.

Mas no céu tem águia,

na vastidão do perigo

seja puramente sábia

para eu estar contigo.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/12/2010
Reeditado em 24/12/2010
Código do texto: T2688791
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