ARRANHA-CÉU

Às vezes o meu eu
Sai de mim
Sai sem eu sentir
Sai trilhando por ai
E se desencanta com quase-tudo
E se encanta com todo-quase
Descobre que o que o coração não vê
Os olhos sentem e pressentem
E os sentimentos desmentem
E o instinto mente
E por mais que o que se sente seja crescente
Ele tenta e se reinventa
Eis que vêm os indícios e aumentam
E então as palavras surgem e ressurgem
Assim como os caminhos se revelam
Nos descaminhos que atravessam
E atropelam
Ai a consciência se ressente
Das escolhas que fez e das que não fez
Nessa teia que é um arranha-céu e arranha o céu.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 23/12/2010
Código do texto: T2687964
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