DESABAFO D'UM POETA

Se passava das zero horas, desta quarta feira

outra vez o sentido me fez acordar, balbuciar

seu sorriso eu vi, um breve adeus

e para onde você foi.

o telefone toca, alguém de casa atende

e vem e diz, sabe quem veio a óbito

eu simplesmente digo, sim eu sei

e retornam e diz se, por acaso és bruxo.

bruxo eu sei que não sou, não tenho poderes mágicos

portanto eu sinto quando alguém parte

para bem distante de meus braços

parece loucura, mas sei.

simplesmente ouço, vejo e sinto o cheiro das flores

mas nem todos acreditam...

queria entender tudo isso

mas não sei o que dizer, só sei dizer das partidas...

outro dia, vi o que estava acontencendo com uma amiga

não disse nada a ela, e tenho receio em dizer

pois quando o coração ama, os olhos deixam de enxergar

e a carne só quer o desejo dos corpos.

mas o que quero simplesmente frizar

é que neste momento, um rapaz, dezessete anos

foi ceifado a vida, vi a sua morte, seu sorriso de adeus

e o telefone de casa simplesmente tocou...

que onde for, que estejas bem

obrigado por ter me avisado

quantos outros já fizeram

digos vais em paz (...) e que aprendamos com o que deixaste.

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realmente caro amigo leitor, novamente nesta noite, senti, e vi, o sorriso de um amigo "THIAGO", era 00:18hs, logo depois disso o telefone tocou, uma pessoa de minha casa atendeu a ligação, e logo trouxe a noticia de seu falecimento. não foi novidade para mim, e continuei deitado em minha cama, apenas peguei meu notebook para escrever mais esta, se alguém souber me explicar porque isso ocorre comigo, me ajude, pois muitas das vezes me assusto, não é só isso que acontece, vivo vendo as coisas, e tudo acontece...abraços a todos.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 23/12/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2687173
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