NENÚFAR
Ah, mar! Vou para teus braços.
Pressinto o aconchego das ondas
e um céu todinho espelho.
Deixo-me ir. Solta, boiando
em cacos de sonhos
remanentes dos naufrágios...
Quero o repouso nas tuas marés
tuas nuvens alvas de espuma
pra sorver do regaço, o sal de teu acalanto.
Entrego-me. É irresistível teu apelo.
Leva-me para longe, sem quando, sem onde
até um dia, até quem sabe, até o horizonte...