Suspiro
Aqui do alto, na barranca
Estou de olho na muvuca
Com esta cara de boboca
Num jeito que não explica
Com mão que não alcança
A uma súplica, me arranca
Para esta angústia maluca
Tirar meu corpo da maloca
Mais um gemido que repica
Neste barulho desta dança
Que à minha alma espanca
Porrada.mente não retruca
O que ao semblante coloca
Mas, este dedo que critica,
Ferindo mais que uma lança
Então exibo minha carranca
Deste, um peito em cabruca
Sem barganha ou sem troca
Por um espasmo, que estica
Por um suspiro, que avança...
Juninho Correia, 21/12/2010