Cotidiano

De trás de uma vidraça espessa,

Ouço o vento bater,

Levanto os olhos pra ver,

O Sol...

Tímido me olhando,

O vento assanhado,

E na sala...

O ar condicionado,

Na cadeira um pensador,

Trabalhador,

Que não pensa em labor,

Vejo o dia passar,

As pessoas a farfalhar,

Os pássaros a voar,

Baixo,

Pois a chuva,

Não demora,

E uma hora,

Ela há de calhar,

Saio de minha gaiola diária,

Crio asas e voo,

Em direção ao céu cinza,

Pra mais uma etapa,

Ouvindo uma aula chata,

E nesse momento,

Ouço os primeiros pingos,

Mas tudo bem...

Isso passa,

crio asas e voo,

Em direção ao céu negro,

Úmido...

Mas tudo bem...

Chegou a hora,

Agora,

Fecho os olhos,

E aguardo novamente,

A vidraça espessa.

Moises Tamasauskas Vantini
Enviado por Moises Tamasauskas Vantini em 19/10/2006
Reeditado em 24/05/2008
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