Hoje

Hoje eu não quero

sentir o peso

dos chinelos

sob

os meus pés,

nem o vento (mesmo

que de suavemente)

pousando

sobre

os meus ombros

[doridos.

Hoje eu não quero

nenhuma palavra

de ternura,

ao menos um gesto

vago,

nem um riso

dissimulado...

Sequer, um olhar

[de candura.

Tudo

de que preciso hoje

[é:

do silêncio,

do abandono,

da solidão...

Pois só eu sei

onde bate a dor

[que dói

no íntimo do meu

coração.

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 20/12/2010
Reeditado em 13/01/2011
Código do texto: T2682553