TARA
É quando vejo uma velha viela
Velando a noite e o vento gela
Que sinto ganas de tê-lo
De sentar-me ao seu lado
Num banco feio e riscado
E, junto aos perdidos da madrugada,
Pervertê-lo
Quando as rádios passam músicas
Dessas que rasgam o coração da mente
Que eu sinto uma tara a correr em meu corpo fremente
E quero arrastá-lo
Dançando passos febrilmente
Até as bordas do rio
Da Rua da Frente