CAIR E LEVANTAR
Voei longe...
Muito longe...
Até arrancarem minhas asas...
Caí quase morta,
Espedaçada no chão,
Foi então que vi muitas asas
Ao meu redor,
Eram anjos do Senhor
Que para amortecer a queda,
Deitaram sobre o chão
Para que minha vida não chegasse ao fim.
Percebi que a dor era mais psicológica que física,
Tratei de sarar as feridas,
Respirei fundo,
Busquei forças onde nunca pensei achar,
Despi-me de pensamentos obscuros,
De em pontas de facas dá tantos murros,
Permitindo em seguida que a serenidade
Fizesse morada em meu coração,
Tudo ficou no lugar,
Meu Deus sempre ficou onde deve estar,
Em primeiro lugar,
Eu que quase saí da estrada,
Vivia numa tristeza tão grande,
Que não via ao meu redor
Que o sol nunca deixara de brilhar.
Hoje meu vôo é diferente,
O Senhor me dá asas que ninguém
pode arrancar,
São asas eternas
que levam-me onde só o amor
Pode direcionar.