GUIZOS

Espera escancarada

Noite

Maré revolta

morrendo na preamar.

E os guizos do desejo

fluem nas artérias

punhais de mil gumes.

Há um sem-nome de fatos

para rotular a espera.

– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 84.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2679413