Reverso
De tudo do que fui feita serei sempre o oposto
Paradoxo ao que me sonharam
Calma,na minha anti filosofia irracional
Vésper,antes que chegue a hora real e nua
Das verdades vomitadas nas ruas
Ou antes que se ergam as taças da hipocrisia
Ou da copacrasia burguesa.
De tudo o que eu sou,o que me vês são superfícies
Há um poço que me fiz de propósito
E que não me tocam olhares distraídos
Onde lanço o meu ego impermeável
Inflexível e absoluto
Livre de atitudes impostas
Onde a minha estrutura inabalável
Sobrevive ao mais execrável bombardeio externo
Onde a minha exegese não precisa ir alem da necessidade
E onde o tempo,biológico ou mecânico
Obedece tão somente a minha vontade de ser,ou não
Passageira ou hóspede de mim mesma
Terá o ego lógica,ou razões tipográficas ?
Agora,viajor passivo ou sui ( CIDA )
Me permito o sono leve da missão cumprida.
Pensamento
Advogada de mim,condeno-me apenas pelo o que não fiz.e tudo o que eu disser jamais poderá ser usado contra ou a meu favor.