Fluidez

E coreografo amanheceres dentro de mim

Sugestivamente carnais

Que chegam a imitar

O vegetal e o concreto,

Metáfora subentendida, eu sou.

Calendário de mim mesma

Construo-me tempo necessário

De ser ou não

Sou pluralidade existencial.

Metamorfosio continuamente

O místico

O louco

O poeta.

O místico, o louco e o poeta

Serão sempre eternos passageiros

Transitórios de mim.

A estrutura biológica

Não garante o sólido do que sou

Minha fluidez suplanta

Matéria e átomos.

E eu escorro livre

Sem cais

Sem porto.

Quitéria Régia
Enviado por Quitéria Régia em 17/12/2010
Código do texto: T2677410
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