Mergulhada no Efêmero
Quando dei por mim
estava
despida de ontem
nua de amanhã
mergulhada no efêmero
E achei bom.
Você me diz
sonho
E me olha
como se eu fosse
me dissipar
em brumas
Eu acho graça
E até acho que gosto
de ser sonho
Está bem, confesso.
É que eu gosto de sonhos.
E, de vez em quando,
eu me dissipo mesmo
e, depois,
me refaço
inteira
ou inteiramente nova
Então
você só precisa
me sonhar de novo
amanhã
e depois de amanhã
Porque eu
acredito em sonhos
E já me acostumei
a viver os meus!
(Dezembro de 2010)