Que bom!

Brancos queimados de sol

E pretos com os olhos azuis

Exibem os seus corpos nus

E disputam o mesmo farol.

Pintam o rosto de infinito

Usando diversos tons;

Um verde-água bonito

E um vermelho quase marrom

Com um amarelo torrado

Que esconde o céu nublado

Da face, quando se vão.

E através do cansaço

Descobrem que tem o dom

De atravessarem o espaço

Até não ouvir mais sons

Onde o silêncio é um sinal

De que a noite rendeu

Um dia de descanso.

Que bom!

Almeida Silva
Enviado por Almeida Silva em 16/12/2010
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