ALMA
Quem te conhecerá oh! Minha’lma
Insondável enigma do ser
Que detém as entradas da vida,
Que espreita os segredos do homem
E emana a luz do viver.
Quem te perscrutará
E conhecerá teus recônditos,
Teus labirintos infindos
Oh! Santuário ufanoso
Tabernáculo dos vereditos.
Quem poderá te sondar
Oh! Guardiã do saber
Cicerone do conhecimento
Paradigma de amor e bondade
Paradoxo de dor e prazer.
Quem saberá teus desígnios?
Quem, diga-me, quem?
Que adentrará teus portais
Oh! Etérea habitante do eu
Perenal morada do bem.
Sei de homens poderosos
E portentosos guerreiros
Que subjugam milhares
Mas, que cruel ironia
São da alma prisioneiros!