NUMA NOITE QUALQUER...
Numa noite qualquer
de peito aberto ao vento
sairei pra encontrar a lua.
Quero ver quem deu brilho,
quem pôs na lua São Jorge?
Quem a alçou, assim, tão alto?
E, depois do alvorecer,
quero ir pra onde for a lua,
ficar de cima a olhar a terra.
Sem dúvida que descobrirei
segredos os mais encobertos,
das donas e homens mais sérios.
No espaço, assim suspenso,
verei a nossa pequenez e
a grandiosidade de Deus.
Depois, bem depois; retornarei
a minha classe de sonhadores;
pra, revigorado, acordar no novo dia.