MoonLight
No céu de madrugada
A teia e meio às estrelas
Fosfora a luz e brilho
A Lua a fora, cintilos...
A vaga e a noite disponível
Em meio a teia e gemidos
Do passado outorgado
A alguém que inda chora
A felicidade sempre supera
O tom e gemido trágico
A dor e ardor monástico
Subserviente ao espírito
E a estrela se esconde
Atrás da luz da lua
Ainda nua, brilhante
Aos meus sentimentos
O rancor e desgosto do justo
É a aversão a vivida experiência
Pelo instinto de sobrevivência
E nunca como ódio dos néscios
Eis a diferença:
O bem nunca sente
Como sente o mal
Isso é a ruína do mau
E a luz límpida da lua
Preserva o tom do céu
Ilumina os pensamentos
E breve momento desvanece...
E vaga ao som mudo
As canções do mundo
No âmago escondido
Da existência humana
E na noite a luz da lua
Os encontros desencontram
Os sentidos vis e pálidos
Os murmúrios descarados
Passasse a vida como o céu
Seria eu talvez o broquel
Das mentiras desmedidas
E do sopro da injustiça
Mas é só a luz da lua
E as inspirações fugazes
E o tom das letras em papel
Talvez amanhã, se sobrar algum fôlego...