Meu Medo
Ali está o meu medo,
Que há muito tempo me fita.
Me apontando com o dedo
E que o meu nome cita.
Aquele que matar-me quis
De preocupação e tristeza.
E nas paredes riscadas de giz
Havia meu grito de incerteza.
Minha doce e amada loucura
Que me rasga e me entorpece
Como se fosse a hora escura
Daquela vida que já fenece.
Ali está o meu medo,
Urrando alto e vitorioso.
Já não mais pede segredo
Apenas surge glorioso.