PALPITANTE

Mata-me a cada dia, a ausência, um ato de ousadia
num amor que implode aos poros, desejos, de todo dia
Fere-me qualquer falta, no silêncio de taquicardia
a transpirar vazios em palavras fugidias

O dia amanhece escuro, entre as nuvens que não mais vejo
Na janela um visitante ilustre me acompanha em triste arpejo
Bem-te-vi sonoro que adentra o meu íntimo,
um recado vibrante daquele amor perdido

E repentinamente o céu se abre em sol vibrante
flores despertam em pétalas de perfume estonteante
em mim, uma imensa alegria se faz saltitante
um querer palpitante, um amar sussurrante...

Percebo que qualquer dor é mera nostalgia
que matar o amor é viver em agonia
Por isso amo-te em demasia
pois este é segredo da felicidade, que suavemente se anuncia.


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 15/12/2010
Código do texto: T2673107
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