TERRA DOS PALMARES
Uma frondejante árvore me despertou
para a sua história se me apresentou
no calor acerbo dos raios solares,
no hades penitente de meus azares .
E eu subo á minha santa terra,
abandono a estrangeira
ao estender meu braço na guerra
como estende a suntuosa palmeira.
Dos ditames do fervor de almas
onde palmeiras estendem suas palmas
para livrar o filho das entranhas
lhe ensinando das suas façanhas.
E olho para a árvore do meu nome
vejo de trás os meus pesares
e um desejo de ser que me consome
na paisagem bela dos palmares.
E me olhou do seu píncaro um corvo
que grasnando como arauto,
afastando de meu caminho um estorvo
vou metendo os meus pés no asfalto.
E o pássaro do peito azulado
gorgeou o nome da pátria minha,
o que cospe fogo ao meu lado
cuspiu fogo na erva daninha.
Vendo que o deserto me cercou,
e atacaram-me cobras e escorpiões
nas veias um ardor que despertou
na alma que armazena emoções.
(YEHORAM)