TERRA DOS PALMARES

Uma frondejante árvore me despertou

para a sua história se me apresentou

no calor acerbo dos raios solares,

no hades penitente de meus azares .

E eu subo á minha santa terra,

abandono a estrangeira

ao estender meu braço na guerra

como estende a suntuosa palmeira.

Dos ditames do fervor de almas

onde palmeiras estendem suas palmas

para livrar o filho das entranhas

lhe ensinando das suas façanhas.

E olho para a árvore do meu nome

vejo de trás os meus pesares

e um desejo de ser que me consome

na paisagem bela dos palmares.

E me olhou do seu píncaro um corvo

que grasnando como arauto,

afastando de meu caminho um estorvo

vou metendo os meus pés no asfalto.

E o pássaro do peito azulado

gorgeou o nome da pátria minha,

o que cospe fogo ao meu lado

cuspiu fogo na erva daninha.

Vendo que o deserto me cercou,

e atacaram-me cobras e escorpiões

nas veias um ardor que despertou

na alma que armazena emoções.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 15/12/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2672827
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