ELA VIRÁ
ELA VIRÁ
Ela virá,
como minúscula semente
De sua insignificância irromperá majestosa
Despertará estrondos adormecidos no seio das profundas
Virá como brisa
Se transformará em tempestade
varrerá o Universo expurgando o Homem
Anacoreta ela foi
virá como anátema
(te) castigará
(te) fará sentir suas garras
em tuas carnes flácidas
Seus grandes olhos negros gritarão toda espêcie de reprovação
Aos teus atos inconsequentes
Oh, ser réprovo!
Virá como guardiã do umbral desconhecido
Virá como fogo-fátuo
E se transformará em labaredas de proporções descomunais
e queimará o pululante mal
alojado no fundo de teu coração
Inepta criatura!
Bem vinda Mutante
Bem vinda Mulher
Te recebo
Vem me redimir
Vem me destruir
Eu te criei
Não sou digno de tí
...nem mesmo de mim...
Pedro Gonzalez