Brado...
Ah...brado sempre
que espiares pela fechadura.
Por que  te portas... desta forma?
 È como  se tú    vestisse   
uma   pesada armadura.
Fechas teu coração!
Não me deixas adentrar.
Encolho-me em cobertas.
Tuas carícias incertas,
nunca vem...!

 

 

 

Brado...
Pelas colinas  coloridas
 cobertas de oliveiras.
Se não te  pego por algibeiras,
ficas parado no mesmo lugar.
Insensato...olho-te em desnudez.!
Tua atitude desconcertante
Fez-me por instante
Tê-lo afável em meus braços.
Tudo miragem,
foges de mim!

 

 

 

Brado...
Ouço o cantar dos melros
Enlevo-me em pensamentos  por ti.
Em viagem por mata ,buscas por texuco.
Há  dias, eu cá a espera de tuas canções.
Amor de sonhos  doces ,mas distantes.
Saudade  de ti ,oh quando voltares
Direi-te o  quanto  embalsamado
sentimento ,  está guardado.
Quero correr a teu encontro
em brado dizer:Sempre ei de  querer-te! 

Obs...Meus avós(maternos e paternos) e minha mãe eram portugueses .Tento passar aquí a fala dos mesmos.Nas prosas,falavam muito em algibeiras,oliveiras,melros etc.Uma fala cadenciada cantada ,rica em detalhes.Saudades!!!

 

regina ferreirinha  14-12-2010
 
Regina Ferreirinha
Enviado por Regina Ferreirinha em 14/12/2010
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