Brado... Ah...brado sempre que espiares pela fechadura. Por que te portas... desta forma? È como se tú vestisse uma pesada armadura. Fechas teu coração! Não me deixas adentrar. Encolho-me em cobertas. Tuas carícias incertas, nunca vem...!
Brado... Pelas colinas coloridas cobertas de oliveiras. Se não te pego por algibeiras, ficas parado no mesmo lugar. Insensato...olho-te em desnudez.! Tua atitude desconcertante Fez-me por instante Tê-lo afável em meus braços. Tudo miragem, foges de mim!
Brado... Ouço o cantar dos melros Enlevo-me em pensamentos por ti. Em viagem por mata ,buscas por texuco. Há dias, eu cá a espera de tuas canções. Amor de sonhos doces ,mas distantes. Saudade de ti ,oh quando voltares Direi-te o quanto embalsamado sentimento , está guardado. Quero correr a teu encontro em brado dizer:Sempre ei de querer-te!
Obs...Meus avós(maternos e paternos) e minha mãe eram portugueses .Tento passar aquí a fala dos mesmos.Nas prosas,falavam muito em algibeiras,oliveiras,melros etc.Uma fala cadenciada cantada ,rica em detalhes.Saudades!!!