infinitamente quietos

naquele silencio pleno

de quando fazemos amor

teus sons obcenos

distorcidos

dissonantes

acareciam meus ouvidos

de cantor

de poeta

de amante

fazem tanto sentido

fazem tantas canções

intrépido

intempestivo

te aprisiono indefesa

entre as cordas agitadas

do meu violão arquiteto

entre as rimas surpresas

dos meus versos

a destreza dos meus dedos inquietos

entre os nossos corpos despidos

deitados no nosso cansaço

cada qual no seu abraço

infinitamente quietos

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 14/12/2010
Código do texto: T2671996