infinitamente quietos
naquele silencio pleno
de quando fazemos amor
teus sons obcenos
distorcidos
dissonantes
acareciam meus ouvidos
de cantor
de poeta
de amante
fazem tanto sentido
fazem tantas canções
intrépido
intempestivo
te aprisiono indefesa
entre as cordas agitadas
do meu violão arquiteto
entre as rimas surpresas
dos meus versos
a destreza dos meus dedos inquietos
entre os nossos corpos despidos
deitados no nosso cansaço
cada qual no seu abraço
infinitamente quietos