Desvontade do meu eu-anti-poeta
Com dores de parto registro a poesia
Cansado e zangado termino outro dia
reciclo retalhos componho de denovo
não gosto, mas faço pro bem do meu moço
Esse eu que teima em ser lírico
nunca assim chegará a ser rico
quanto menos reconhecido
pois que perde por pouco a luta
não desiste não corre da chuva
em momento que falta a alegria
minha culpa quem perco a magia
Em migalhas lhe dou o que pede
que é ser livre de dentro da máscara
deste pobre arrastado palhaço
que tem fome de diaria poesia
mais (+) sou morno em dia após dia
E em prantos rechaço
mais dor para o parto
promovo ainda
esboço poesia