A FLOR QUE BRIGOU...

A flor que brigou comigo

no meio do meu jardim

compreender não consigo

ao ver chegando ao fim

o amor que tinha por mim.

Não sei da fatuidade

que de pronto te consumiu

impuseste a tua verdade

por causa de um perfil.

A flor que brigou comigo,

da força que lhe extraiu

em posse de seu umbigo

uma agressão me atingiu.

Nos vastos do meu jardim,

na pétala do meu coração,

sentiste ódio por mim

como se eu fosse um ladrão.

E no meu desespero louco,

com medo de te perder,

chorei talvez um pouco

sem chances de entender.

Eu vi o sol se apagar

olhando para a minha cimeira,

sombras sobre o meu mar,

o vento parou na palmeira.

Triste a minh´alma sem sonho,

agora recai em seu luto

me fala um vento tristonho:

A dor só dura um minuto.

Mas se te perdi me ganhei,

pois sei quem na vida eu sou,

tu não digo que sei,

sei que o mundo não acabou.

Mas a flor que é delicada,

me atingiu de surpresa

com um golpe da mão pesada

me deixando sem defesa.

Tu escolheste o caminho

eu, porém, não tive escolha,

mas o sol também vive sozinho

sozinha, no vento, vôa uma folha.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 14/12/2010
Reeditado em 14/12/2010
Código do texto: T2670955
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