carta

Guardo a carta

Desse baralho misturado

Não se sabe o naipe

Que ela traz desse lado.

Não são jogadas desonestas

Que se cobrem

Numa última cartada.

São olhos sinalizando

A próxima jogada.

A mão bate sobre a mesa

Num truco seis

Incontidas emoções guardadas

Rasgando o silêncio desse talvez.

Alguém reclama ruído

Do cheque-mate da situação

Antecipada decisão.

A xícara se quebra

E o café ainda quente

Escorre pelo chão.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 14/12/2010
Código do texto: T2670765
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