Lá vão
saúvas ordeiras
em fila ranzinza
em regime austero,

construindo abrigos
ferroando a terra,

sovinando folhas,

como se o futuro fosse de miséria.

Lá vão
ao fundo
do buraco do mundo
com medo do amanhã. 


Ah... minh´alma aventureira,
asa aberta ao riso
e ao viço das idéias -
   
foge das formigas
que sangram os braços 
e ferem as pernas.

Ignora o ranço da desilusão
e foge,
sim,

desses castelos 
que não sobrevivem 
às chuvas de Verão,

porque és borboleta.

E borboleta não chora
nem resmunga.
 
Apenas voa.

Leve.
Bela.
Livre.

No ar.

Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 14/12/2010
Reeditado em 22/12/2010
Código do texto: T2670486
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